domingo, 19 de junho de 2011

"A CRÍTICA"

critica
Aproxima-se mais uma eleição municipal, época em que muitos amigos se tornam inimigos e desafetos se odeiam ainda mais, tudo por conta de divergências políticas. Carros de som vão ganhar as ruas de Salgueiro e de tantos outros municípios brasileiros, entoando jingles e anunciando as boas novas de almejantes a cargos de prefeito e vereador. Moradores de bairros periféricos, que passam muito tempo esquecidos, sem receber nem mesmo a visita de parentes, abrem mais uma vez as portas de suas residências para homens bem vestidos, alguns de ternos, outros menos favorecidos financeiramente, vestidos com roupas comuns, todos com o único desejo de conseguir mais um voto.
Troca de acusações entre candidatos. Troca de ofensas entre militantes. O velho jogo sujo da política contemporânea. Em disputa estão cargos em prefeituras e câmaras municipais. Quatro anos recebendo um bom salário dos cofres públicos. Bem acima do salário mínimo, que o trabalhador brasileiro recebe. Não à toa algumas pessoas matam e morrem pelo emprego em prefeituras e casas legislativas. Embora o salário seja alto, alguns maus políticos ainda “passam a mão” no dinheiro do povo. Roubam, mas negam rigorosamente, dizendo que não sabem de nada, não viram nada. Nunca antes na história desse país houve tantos escândalos. Para o povo basta uma “bolsa qualquer coisa”, que eles logo esquecem tudo. Nada como um bom comunismo para ludibriar o cidadão.
Mas, afinal de contas, a política é um emprego ou dedicação às pessoas? Será que os prefeitos, presidentes, senadores, deputados federais, estaduais e vereadores, trabalham pelo povo ou pelo “pequeno salário” que recebem todos os meses? Existem muitos políticos que estão exercendo a função por amor e dedicação ao seu povo, para honrar os votos que receberam, porém, alguns acham que são donos de prefeituras, câmaras municipais, de cidades ou até mesmo de países. Esquecem que o patrão é o povo, que pode tirá-los do cargo a qualquer momento. Quatro anos passa mais rápido do que eles imaginam.
Por Chico Gomes